O Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio) é uma das mais importantes políticas socioambientais que vêm sendo implementadas no Pará. Desde 2022, o processo de construção desse plano ocorre de forma participativa e multissetorial. Na terça-feira (11), mais um importante passo foi dado com a 1ª Reunião do Grupo de Trabalho do Comitê de Sociobioeconomia, dentro da programação da Jornada COP+.

Participaram do evento Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa); Joanna Martin, sócio fundadora da foodtech Manioca; e Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). 

“A bioeconomia é um importante modelo de negócio, de produção, onde a gente transforma ativos da floresta e da natureza em várias cadeias produtivas, incluindo as pessoas, e valorizando p conhecimento que temos aqui, sem deixar de inovar e sem deixar de acessar o mercado. É uma transição, então nós precisamos não só daqueles que já estão atuando nesse setor, mas também aqueles que ainda não estão, mas estão dispostos a inovar. A transição é necessária pelo meio ambiente e pela nossa sobrevida no planeta. Nós propomos que o comitê seja espaço de diálogo, informação, conhecimento, e de conexão entre mundos”, disse Joanna Martins.

A secretária adjunta da Semas, Camille Bemerguy, destacou em sua apresentação aspectos importantes do Planbio, que desde 2022 vem sendo uma importante estratégia de transição justa para uma economia de baixo carbono, bem como, a preservação dos ativos florestais e crescimento econômico, geração de empregos e respeito aos modos de vida das comunidades.

“O governo do Pará foi o primeiro a lançar um plano de bioeconomia no Brasil em 2022. O Estado entendeu que essa era uma agenda necessária para conciliar os desafios da agenda climática e ambiental com a social e econômica. Então, o plano de bioeconomia começou com uma discussão do que é a bioeconomia para o Pará. Isso foi feito a partir de uma discussão multisetorial. Nós tivemos mais de 41 organizações construindo, incluindo indígenas, quilombolas, e ribeirinhos. Queríamos ter diversos olhares, foi um processo de co-construção participativa e multisetorial”, destacou Camille.

Painel de Monitoramento - a secretária adjunta destacou que, apesar da Semas ser a coordenadora do plano, ele é implementado por diversas secretarias e instituições do estado, e para verificar como estão sendo feitas essas ações, foi criado uma Plataforma de Monitoramento de Bioeconomia.

“Para isso, a gente precisa monitorar aquilo que está sendo feito. Então, ao longo do ano passado, foi construída e está subindo para o portal da transparência o Painel de Monitoramento da Bioeconomia, para que todos tenham noção das ações que estão sendo feitas, quantas das ações do Planbio fazem parte de cada eixo do plano, no total e por secretaria. Também, qual é o volume de recursos que já chegou no Estado através dessas ações, em quais municípios, onde isso está acontecendo, qual é o percentual de ações que já foram concluídas, e quais as que estão em andamento”, aponta Camille.

Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia - o Parque de Bioeconomia, um dos pilares do PlanBio, vai englobar diversas iniciativas, incluindo o Centro de Inovação em Bioeconomia, o Observatório da Bioeconomia, o Centro de Gastronomia e o Centro de Sociobioeconomia. Cada um desses componentes desempenha um papel específico na promoção de uma economia sustentável e na preservação do patrimônio natural e cultural da região.

“O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia abrirá suas portas para empreendedores e negócios comunitários comprometidos com esse objetivo. Nessa perspectiva, o Parque  integrará start ups, turismo sustentável, cultura alimentar e sociobioeconomia. A nossa ideia é proporcionar um grande espaço de fortalecimento dos pequenos e médios negócios da bioeconomia, atraindo novos negócios, novas empresas, buscando vantagens e melhorar a competitividade, pavimentando o caminho para alavancar a bioeconomia em nosso Estado”, conclui Camille Bemerguy.