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Saúde BILHÕES DE BACTÉRIAS

Veja quando trocar a esponja de cozinha para evitar contaminações

Descubra quando e como trocar a esponja de cozinha para evitar contaminações e manter a higiene na sua casa.

18/03/2025 06h52
Por: Redação Fonte: BBC News
Descubra quando e como trocar a esponja de cozinha para evitar contaminações e manter a higiene na sua casa. | Reprodução/Freepik
Descubra quando e como trocar a esponja de cozinha para evitar contaminações e manter a higiene na sua casa. | Reprodução/Freepik

Manter a higiene do lar evita a proliferação de muitas doenças, desde as respiratórias a alimentares, por exemplo. Por isso, é preciso renovar sempre itens fundamentais para a casa como as vassouras e as esponjas.

Usada diariamente para manter pratos e copos limpos, a esponja de cozinha pode ser, paradoxalmente, um dos itens mais contaminados da casa. Estudos apontam que esse utensílio oferece condições ideais para o desenvolvimento de bactérias, podendo abrigar bilhões de microrganismos em apenas um centímetro quadrado.

Em 2017, um estudo conduzido pelo microbiologista Markus Egert, da Universidade de Furtwangen, na Alemanha, revelou que esponjas de cozinha usadas podem conter até 362 espécies diferentes de microrganismos. Em algumas regiões das esponjas analisadas, a densidade de bactérias alcançou 54 bilhões de indivíduos por centímetro quadrado.

A estrutura porosa das esponjas é um fator determinante para essa proliferação. Os pequenos bolsões dentro do material criam nichos ideais para diferentes comunidades microbianas, permitindo que tanto bactérias individualistas quanto as que necessitam de colônias encontrem espaço para prosperar.

As bactérias são realmente perigosas?

Nem todas as bactérias encontradas nas esponjas representam um risco direto à saúde humana. A maior parte dos microrganismos presentes não causam doenças e podem, no máximo, gerar odores desagradáveis com o tempo. No entanto, o estudo de Egert identificou que cinco das dez espécies bacterianas mais comuns nas esponjas estão relacionadas a infecções em pessoas com imunidade comprometida.

Outro estudo, realizado em 2017 pela professora Jennifer Quinlan, da Prairie View A&M University, nos EUA, coletou esponjas de 100 lares na Filadélfia. Os resultados mostraram que apenas 1% a 2% das amostras continham bactérias ligadas à intoxicação alimentar, e mesmo assim, em quantidades reduzidas. No entanto, pesquisas apontam que, se uma esponja entrar em contato com alimentos contaminados, como carne crua, pode se tornar um ambiente propício para o crescimento de patógenos como Salmonella.

O que fazer para minimizar riscos?

Embora a substituição frequente da esponja seja a melhor solução, existem algumas formas de reduzir a carga bacteriana no utensílio:

  • Lavagem na máquina de lavar louça: O calor e os detergentes ajudam a eliminar grande parte dos microrganismos.
  • Aquecimento no micro-ondas: Um minuto no aparelho pode matar a maioria dos patógenos, desde que a esponja esteja úmida.
  • Fervura em água quente: Também é uma opção eficaz para eliminar bactérias.
  • Secagem adequada: Evitar que a esponja fique constantemente úmida reduz o ambiente favorável à proliferação bacteriana.

Apesar dessas medidas, alguns cientistas recomendam o uso de escovas para lavar louça, pois elas contêm menos bactérias e secam mais rápido, reduzindo o risco de proliferação microbiana.

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