Durante os 30 dias de atuação da base fixa no município de Uruará, por meio da Operação Curupira, o Governo do Pará alcançou neste período, dois grandes feitos decisivos para a mudança de chave quando o assunto é preservação ambiental: a saída dos municípios paraenses do ranking dos que mais desmatam na Amazônia e ao ser o único estado amazônico a reduzir o desmatamento nos primeiros meses de 2023.
Em campo, os agentes trabalham com base em informações fornecidas previamente pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental - Cimam, vinculado à Semas. No Cimam, técnicos ambientais analisam dados fornecidos pelos sistemas nacionais Deter e Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, que identificam com precisão as áreas já antropizadas e os possíveis locais para onde o desmatamento pode avançar a fim de frear a ação ilícita. Esse trabalho é complementado com o uso de imagens de alta resolução e a sala de situação da plataforma terrabrasilis.
Desde 2020, a Semas passou a ter acesso também ao Sistema Deter Intenso, com a plataforma Forest Monitor, versão resultante da integração de imagens de satélites de multisensores para a detecção das alterações da cobertura florestal em áreas críticas da Amazônia Legal, o que permitiu reduzir a influência da cobertura de nuvens no processo de interpretação, bem como, aumentar a taxa de revisita de uma mesma área. Os dados gerados são destinados exclusivamente aos órgãos de fiscalização. O Pará foi pioneiro a utilizar o mecanismo. Os técnicos do Centro foram treinados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para fazer o mapeamento do desmatamento em áreas críticas no estado do Pará dentro da plataforma.
O Deter Intenso no Estado do Pará abrange 328 mil km², o que representa cerca de 26% do território paraense, monitorando as maiores áreas de desmatamento, que é na BR-163, Transamazônica e Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu.
O instrumento tecnológico gera maior precisão das informações que são constatadas pelas equipes em solo, agilidade e economia de recursos financeiros. “São vários sensores que permitem a revisita rápida numa mesma área e, enquanto tem uma equipe em campo, outra está no Cimam mapeando as áreas. E na hora que se identifica qualquer alteração na cobertura florestal, captura-se as coordenadas geográficas daquela região para encaminhar aos fiscais que estão em campo”, explicou Jackeline Viana, coordenadora do Cimam.
NICFI -Sobre as imagens de satélite de alta resolução utilizadas pela SEMAS, elas são concedidas gratuitamente pela Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega – NICFI, através da adesão da Semas ao programa, o que permite acesso a mosaicos de imagens mensais e imagens diárias que recobrem o estado do Pará. Elas permitem a validação de alertas de desmatamento gerados pelo sistema oficial de monitoramento do desmatamento na Amazônia, Sistemas DETER, do Inpe, identificação de desmatamentos que não tenha sido identificados pelo sistema de alertas, assim como a elaboração de produtos cartográficos utilizados nos procedimentos de fiscalização remota e em campo.
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