A Páscoa já tem um sabor mais doce para 300 crianças moradoras da Vila de Americano, vizinha ao Complexo Penitenciário de Santa Izabel, no município de Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém (RMB). Agentes do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) doaram nesta quinta-feira (06) ovos de Páscoa, em uma ação social da Secretaria de Estado de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Os ovos de chocolate foram produzidos por internas do Centro de Recuperação Feminina (CRF), situado em Ananindeua (RMB), que atuam na área de panificação. A entrega dos chocolates causou surpresa aos moradores da Vila de Americano. No entanto, o impacto inicial deu lugar a sorrisos nos rostos das crianças.
O autônomo Reginaldo Araújo, 56 anos, tem sete filhos. Por estar desempregado, está sem poder presentear as crianças com os desejados ovos de chocolate. Reginaldo agradeceu pela iniciativa da Seap, e disse que ações como essa deveriam acontecer mais vezes. “Estou feliz porque não tinha como comprar nada para eles, e a gente sabe como é criança; fica triste, chateada por não ganhar um presentinho. Mas graças a Deus que vocês vieram aqui alegrar nosso dia e o delas (crianças), principalmente”, ressaltou.
“É muito legal; muito abençoado. Gostamos muito dessa atitude, diante de tudo que está acontecendo nesse mundo. Muita tristeza por essas crianças de Santa Catarina. Espero que Deus conforte essas famílias, e abençoe a todos vocês”, disse a moradora.
Aproximação com a comunidade– A vendedora Maria de Jesus destacou que ações como a de hoje deveriam ser constantes, pois ajudam a mudar o olhar da criança para as forças policiais. "Meu neto se sentiu mais seguro com a presença dele; se sentiu protegido. Eu fico agradecida. A gente precisa não só da presença, mas do carinho, da generosidade. Isso vale muito”, reiterou a moradora.
“Acredito que deveríamos fazer isso em mais festividades, pois permite também demonstrar o trabalho de ressocialização que está sendo desenvolvido no CRF, por exemplo. Foram mil ovos produzidos e doados, feitos pelas internas que trabalham na panificação. Isso é bom pra elas, também. A comunidade pensa que só existem pessoas do mal, e vemos que não. Que são pessoas do bem, que querem melhorar de vida e estão aptas para retornar à sociedade”, afirmou o capitão Maués.
Texto: Márcio Sousa – NCS/Seap
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