Corrigir inconsistências no recolhimento das contribuições previdenciárias dos servidores públicos do Estado, cedidos para as prefeituras, foi o tema principal da reunião entre os técnicos da Coordenadoria de Arrecadação e Fiscalização (COAF), do Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (Igeprev) e representantes dos municípios localizados na região do Baixo Tocantins.
No encontro, realizado na agência do Instituto em Abaetetuba, foram abordadas as implicações que o repasse indevido dos valores recolhidos a outros regimes de previdência social podem causar.
As prefeituras também são afetadas. "Além de arcar com os custos de multas e juros altos, os municípios que deixam de recolher para o RPPS/PA, têm dificuldade para reaver os valores creditados junto ao INSS, que geralmente são devolvidos em pagamentos parcelados. Sem contar o risco de prescrição, que impede o retorno integral dos recursos" reforçou o técnico.
Outro impasse está relacionado às contribuições previdenciárias dos servidores estaduais cedidos, que ocupam cargos eletivos. Os técnicos esclareceram que nesses casos, independente do valor do subsídio do mandato, o recolhimento, obrigatoriamente, é feito com base na remuneração do cargo de origem.
Mensalmente o Igeprev deixa de arrecadar R$ 240 mil com contribuições não transferidas. Anualmente, o prejuízo é na ordem de R$ 2.880.000,00. Quando ocorre ausência de arrecadação, os fundos previdenciários, administrados pela autarquia, são atingidos. O Fundo Financeiro de Previdência (FINANPREV), passa a exigir maior aporte do tesouro estadual. Já o Fundo Previdenciário (FUNPREV) perde capacidade de investimento.
“A manutenção dos atuais benefícios e a garantia para os futuros depende da arrecadação. Mantemos uma política atuarial para que o Igeprev sempre tenha um saldo positivo em suas contas. Por isso, é importante que as prefeituras façam os repasses para o RPPS estadual dos descontos previdenciários dos servidores cedidos”, informa o presidente do órgão, Giussepp Mendes.
O prefeito de Igarapé-Miri, um dos participantes do encontro, considerou o encontro muito esclarecedor. Segundo Roberto Pina, “o repasse equivocado das contribuições prejudica os servidores e expõe os agentes municipais responsáveis pelo recolhimento, situação que não interessa a ninguém."
A ação de orientação segue até setembro. A próxima ocorrerá em Capanema, no dia 12 de maio.
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