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Pará DESASTRES NATURAIS

Mais de 60 cidades do Pará entram em situação de emergência devido a desastres naturais

Chuvas intensas, estiagem e incêndios florestais provocam estão entre os principais motivos por trás das crises

21/03/2025 06h52
Por: Redação Fonte: O Liberal
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

No Pará, 66 municípios estão em situação de emergência declara pela Defesa Civil Nacional. Entre as cidades mais afetadas está São Félix do Xingu, no sul do estado, onde as chuvas intensas provocaram estragos significativos, principalmente na zona rural, o que levou ao reconhecimento da situação, oficializada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Defesa Civil Nacional, por meio da Portaria n° 758, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 19.

A decisão veio após um decreto municipal assinado pelo prefeito Fabrício Batista, que detalha os impactos das chuvas no município de São Felix do Xingu. Segundo o documento, 8.948 pessoas foram afetadas, das quais 1.792 ficaram desalojadas. Além disso, mais de 217 quilômetros de estradas foram comprometidos, junto com pontes, bueiros e outras estruturas essenciais para o deslocamento da população. O distrito de Taboca foi um dos mais atingidos, com inundações que isolaram comunidades inteiras.
O reconhecimento da situação de emergência permite que a prefeitura solicite recursos federais para atender os afetados e iniciar a recuperação da infraestrutura danificada.

Outras cidades paraenses enfrentam emergências

Além de São Félix do Xingu, diversos municípios do Pará estão enfrentando desastres naturais, que vão desde estiagem severa até incêndios florestais e tempestades intensas. Ao todo, o estado registra 66 municípios em situação de emergência, cada um com desafios específicos.

A estiagem é um dos fenômenos que mais tem impactado o estado, atingindo as cidades de Acará, Altamira, Anajás, Baião, Anapu, Bagre, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Bujaru, Cametá, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Curralinho, Curuá, Faro, Ipixuna do Pará, Itaituba,  Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Monte Alegre, Nova Esperança do Piriá, Novo Repartimento, Oeiras do Pará, Ourém, Pacajá, Ponta de Pedras, Porto de Moz, Rio Maria,  Santa Cruz do Arari, Tucuruí, Vitória do Xingu e Xinguara. A falta de chuvas tem prejudicado tanto o abastecimento de água quanto a produção agrícola, colocando comunidades inteiras em risco.

Já os incêndios florestais, registrados em Abel Figueiredo, Acará, Altamira, Aurora do Pará, Bagre, Baião, Bonito, Bragança, Breu Branco, Cachoeira do Piriá, Cametá, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom Eliseu,  Eldorado do Carajás,  Goianésia do Pará,  Itaituba, Jacareacanga, Maracanã, Marapanim, Moju, Muaná, Nova Ipixuna, Oriximiná, Ourém, Pacajá, Portel, Redenção, Rurópolis, São Félix do Xingu, Tucuruí, Ulianópolis, Vitória do Xingu e Xinguara. A situação tem comprometido a qualidade do ar e devastado áreas naturais. As queimadas, que ocorrem em áreas não protegidas, também colocam em risco a biodiversidade local e aumentam os desafios ambientais da região.

Outro problema que tem causado danos é o aumento de tempestades locais, acompanhadas de ventanias e chuvas intensas. Municípios como Aveiro, Baião, Bannach, Bonito, Jacareacanga, Monte Alegre, Novo Progresso, Oriximiná, Placas, Rurópolis, São Félix do Xingu e Ulianópolis registraram estragos, com quedas de árvores, desabamentos e alagamentos em diversas áreas.

Apoio federal e recuperação das áreas atingidas

O alerta de emergência é importante para que os municípios tenham acesso a recursos federais e estaduais. Com isso, as prefeituras podem solicitar ajuda humanitária, compra de cestas básicas, restauração de infraestrutura e implementação de medidas preventivas para minimizar os impactos dos desastres.

A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

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