Com foco em reduzir o desperdício de medicamentos fundamentais para a assistência dos pacientes hospitalizados e também garantir mais segurança no seu uso para o paciente, a Fundação Santa Casa do Pará (FSCMP) vai implantar, no mês de agosto, a Central de Manipulação de Misturas Intravenosas. Inicialmente serão preparadas no espaço as doses individualizadas de antibióticos para os recém nascidos atendidos nas Unidades de Tratamento Intensivo ( UTIs) e Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) do setor neonatologia do hospital, como explica a farmacêutica clínica Haila Vieira.
O uso racional de medicamentos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, prevê o cuidado desde a prescrição até o uso de doses adequadas às necessidades individuais do paciente, por um período adequado e com um menor custo para o paciente, individualmente, e para a comunidade.
Ações como a de criação da Central de Misturas Intravenosas contribuem com a economia, segurança e racionalidade no uso de medicamentos, sendo este um dos projetos estratégicos da Santa Casa para o ano de 2022. A Instituição tem focado suas ações na elaboração de projetos estratégicos que fortaleçam o cuidado efetivo, especializado e multiprofissional aos pacientes, promovendo saúde, recuperação e qualidade de vida.
“O processo que envolve o uso dos medicamentos exige uma interligação de toda equipe de saúde, principalmente quando falamos de pacientes neonatos que possuem maiores riscos de sofrerem eventos adversos, devido sua imaturidade orgânica. O fracionamento das doses dos medicamentos injetáveis em um ambiente adequado, com técnicas corretas e supervisionado por profissional capacitado demonstra o compromisso na implementação de ações que visam a melhoria contínua e a redução da ocorrência de erros relacionados ao preparo e uso inadequados dos medicamentos utilizados pela via parenteral”, detalha Haila Vieira.
A médica neonatologista Salma Saraty, que coordena o setor de neonatologia da Santa Casa ressalta a importância da medida para os mais de mil pacientes atendidos pelo setor anualmente.
“Essa mudança é muito importante para a assistência neonatal, principalmente se a gente focar na segurança do paciente, que aumentará com a individualização das doses, que já vão sair de lá com o nome do paciente, reduzindo ainda mais possíveis riscos de erros de administração e também de infecções, já que a manipulação será feita na central em um ambiente controlado. Além disso, com o fracionamento pelo farmacêutico na central, cada ampola de medicamento será aproveitada da melhor forma para que não haja desperdício, nem falta do medicamento para os pacientes”, ressalta a médica.
Texto: Etiene Andrade - Ascom Santa Casa
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