Seap inicia Operação 'Revista Geral' nas 53 unidades prisionais do Pará

Prevenir ocorrências, garantir segurança para custodiados e servidores das unidades penais e manter a ordem foram os principais motivos da Operação “Revista Geral”, iniciada nesta sexta-feira (17) nas 53 unidades penitenciárias do Pará, com prosseguimento nos próximos dias. As forças especiais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) atuam preventivamente durante o feriado prolongado de Carnaval.

A Operação começou no início da manhã. Diretores, policiais penais, agentes prisionais, integrantes do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) estão envolvidos nas revistas minuciosas às celas.

Ao final da manhã a operação havia transcorrido sem alterações, e nenhum objeto ilícito ou vedado em Portaria Institucional foi encontrado nos estabelecimentos prisionais. "A movimentação se deu conforme leciona o Manual de Procedimentos Operacionais, sem alteração e ratificando o fiel cumprimento dos protocolos de segurança”, informou o diretor de Administração Penitenciária, João Barbosa.

Prestação de contas- No Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará (Região Metropolitana de Belém), foi realizada no quartel do Cope uma solenidade de prestação de contas das ações do Comando em 2022, com as presenças do titular da Seap, coronel Marco Antonio Sirotheau Rodrigues Correa; do secretário adjunto de Gestão Operacional, Ringo Alex Frias; do diretor João Barbosa e do comandante do Cope, capitão Rubens Maués.

Entre os dados apresentados estão o número de escoltas de custodiados, que totalizaram 1.250 no Estado e para fora do território paraense; mais de 150 revistas simultâneas; 528 ações de apoio e 537 cursos de capacitação em armamentos diversos. “Isso demonstra que o Cope é a tropa da Seap. Estamos prontos e treinando para bem servir à Secretaria e a seus servidores”, afirmou o capitão Maués.

O secretário Marco Antonio Sirotheau, que comandou por dois anos a unidade militar, lembrou que “saíamos daqui (para missões) sem saber a hora de voltar. Mas a tropa estava sempre de prontidão para missões e escoltas, que muitas vezes eram realizadas por agentes prisionais que não possuíam armamento”. Ele também destacou a atual avaliação do sistema penitenciário do Pará e os avanços obtidos nos últimos anos. “Alcançamos esse nível de excelência graças ao trabalho de todos. Comparado a outros estados, conseguimos avançar muito, e hoje somos apontados como um dos melhores do País”, assegurou o secretário.

Ressocialização– Marco Antonio Sirotheau destacou ainda os novos caminhos que a Seap vem trilhando após o controle efetivo das unidades, com ênfase na ressocialização dos custodiados. Ele disse que quando foi diretor de unidade prisional chegou a duvidar que fosse possível desenvolver políticas de reabilitação social de pessoas privadas de liberdade, mas hoje está vendo essa transformação.

“O Estado tem de dar esse voto de confiança ao custodiado. Hoje ele está confinado, amanhã estamos contigo. É preciso atingir essas pessoas, as famílias deles, e a sociedade precisa saber disso”, frisou o secretário.

Texto: Márcio Sousa - NCS/Seap