O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por ampla maioria (10 votos a 1), que a apreensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do passaporte de pessoas inadimplentes pode ser permitida, desde que respeitados critérios rigorosos. A medida, considerada excepcional, não será aplicada de forma automática e dependerá de análise individualizada pelo Judiciário.
A decisão da Corte visa fortalecer mecanismos de cobrança sem ferir direitos fundamentais. A suspensão do direito de dirigir, por exemplo, foi considerada uma ferramenta legítima para pressionar negociações de dívidas, mas só poderá ser usada quando não afetar diretamente o sustento do devedor. Profissionais que dependem do veículo para trabalhar, como motoristas de aplicativo e taxistas, estão protegidos.
A solicitação para reter documentos deverá partir do credor, e não será válida para dívidas de pequeno valor ou casos que envolvam risco de violação do direito de ir e vir. Segundo o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, a medida deve ser usada com cautela, sem comprometer garantias constitucionais.
A decisão ocorre em um contexto em que cerca de 70 milhões de brasileiros enfrentam algum tipo de inadimplência. O STF busca, com esse posicionamento, criar um equilíbrio entre a eficácia da cobrança e a proteção de direitos básicos dos cidadãos.
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